Usos terapêuticos do Óleo de Copaíba

revistafrontal.com
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O óleo de copaíba é produzido pela própria Copaífera sp., conhecida também como Pau d’óleo, e possui diversos princípios ativos, muitos destes são usados terapeuticamente. Ele pode ser usado em sua forma natural (in natura). Mas o que são princípios ativos? São substâncias químicas que podem ser encontradas em diversas partes de uma planta tendo ação terapêutica, nem sempre benéfica.

 

Cada espécie de Copaífera sp. tem óleos essenciais com compostos químicos em concentrações e qualidade variáveis na natureza. Algumas espécies são capazes de produzir cerca de 50 litros e outras em quantidades bem menores. O óleo para o próprio Pau d’óleo tem várias funções, por exemplo: proteção contra insetos, fungos e bactérias e atração de agentes polinizantes. Essas são características importantes para sua autopreservação, assim a extração de grandes quantidades do óleo faz com que a planta fique muito susceptível.

 

Estudos científicos afirmam ter na Copaífera sp. os compostos: ácidos graxos, saponinas, taninos, alcaloides, flavonoides e a principal substância, os terpenoides. Eles são o princípio ativo mais importante do Pau d’óleo, pois, seu óleo é constituído de sesquiterpenos, em maiores concentrações, e diterpenos. Dos diterpenos o que se destaca é o ácido copálico que assim como Beta-cariofileno, Beta-bisaboleno e Alfa-humuleno têm ação anti-inflamatória e bactericida. Além desta função, o Beta-bisaboleno também age como analgésico e o Beta-cariofileno como anti-fúngico e anti-edêmico, impedindo o acúmulo de líquido no organismo. O aroma do Pau d’óleo, assim como as propriedades farmacológicas antivirais que ajudam no tratamento de úlceras, se devem aos sesquiterpenos.

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Popularmente o óleo de copaíba é usado como medicamento, especialmente na Amazônia, como cicatrizante, anti-inflamatório, antisséptico, anti edêmico e ainda para tratar bronquites e doenças de pele. A inflamação é uma resposta do nosso organismo contra uma infecção ou danos teciduais, assim conseguimos combater patógenos como vírus, bactérias e outros que entram em nosso corpo. Mas a inflamação tem partes maleficentes já que provoca destruição de tecidos do organismo

 

A cicatrização é um processo que envolve fenômenos bioquímicos e fisiológicos sendo uma sequência de respostas de diferentes tipos de células como células epiteliais, sanguíneas e fibroblastos, que interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos. O processo de cicatrização ocorre em três fases basicamente. A Fase inflamatória acontece no início do processo de reparo, onde acontece a vasodilatação e depois as plaquetas ativadas orientam a migração de células inflamatórias, como por exemplo, polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos, que vão para o local da lesão. Na fase fibroblástica e de deposição de matriz extracelular acontece um aumento de fibroblastos ativados no local produzindo colágenos, assim a matriz extracelular vai sendo substituída por tecido conjuntivo mais elástico e forte. Na fase de remodelamento, o tecido vai ser enriquecido com mais fibras de colágeno e adquirir a característica de cicatriz.